quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mas o vosso voto conta…

As políticas dos diferentes países ao nível global são grosso modo as mesmas, chegando ao extremo de casos como o português, onde o estado paga a uma empresa de consultoria para copiar as leis dos nuestros hermanos. Quanto às diferenças entre os partidos ditas do bloco central elas são mínimas, visam regra geral agradar às multinacionais, quer em subsídios, infra-estruturas, incentivos fiscais, ou código do trabalho flexível. Quanto à oposição de esquerda, penso que a própria tem consciência, que se governasse, o investimento quer estrangeiro quer nacional, procuraria outros países onde possam explorar mais a mão-de-obra, levando o país a uma situação pior do que se fosse o bloco central a governar. A mão-de-obra é desta forma explorada numa lógica de quem pede menos, onde a oferta supera a procura, havendo por isso sempre quem se ofereça para trabalhar em piores condições.

A verdade é que quem nos governa são as leis das multinacionais, ou quem as detém, os seus accionistas. Eles é que fazem e desfazem com um único objectivo, o lucro. Aos chefes de estado só cabe uma função, a de lhes agradarem. A verdade é que tudo o que fazemos é pelo lucro.

É por essas e por outras que eu não vou votar nestas eleições, pois o único voto válido contra este estado de coisas é o da abstenção. Nem lá apareço, para que não restem dúvidas, se é que isso é possível, de que não fui votar.

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