quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Ain't no sunshine when shes gone

Para terminar em grande, esta é provavelmente a melhor musica que eu conheço até ao momento para despedidas, descobri-la por acaso no youtube mas vale apena. Pois é com esta despeço-me deste novo blogue, até que algo mais forte do que a minha inércia de ver a banda passar, de resistir à tentação de manipular o que me rodeia tudo pelo "self amusement". Resistindo aquela que António Lobo Antunes disse um dia, a solidão, e que eu dou-lhe outro nome, tédio, felizmente, que é para mim, o motor não só da escrita mas de muita coisa, entre elas a evolução.

Talvez volte, como faço alias muitas vezes dar mais uma pincelada naquilo que é já de si errado, mais não seja para alterar o segundo post. Uma piada que não é a única ideia plagiada aqui nesta mini dissertação em formato evoluído. É que eu tenho especial apetite por histórias, em particular se elas me parecem mal contadas. Certo tenho porem que há sempre a limitação de quem a conta, para que ela seja perceptível, é preciso contá-la à luz de quem a houve. E nos tempos que correm, a informação que alimenta tabus, juras, pactos e o diabo a sete, é a mola capital, que faz cair políticos e enriquecer especuladores e que divide a sociedade num emaranhado.

domingo, 20 de setembro de 2009

Outro carreiro

Várias opiniões ouvi que quem não vota, depois não se queixe do estado deste país, mas a verdade é que nenhum dos partidos tem a solução e no entanto continuam a pedir os nossos votos. A verdade é que apesar de mais de 63% de abstenções, dois em cada três portugueses foram eleitos deputados nas últimas eleições. Chamam a isto democracia? Já só falta sermos obrigados a votar, ou então permitirem que se vote à saída do infantário.

A verdade é que à parte de uma certa elite, o povo vive uma realidade onde todos têm que dar o litro pelo emprego, não tendo tempo sequer para educar os próprios filhos quanto mais para pensarem no colectivo. A verdade é que isto interessa a quem governa, se cada um tivesse tempo para pensar pela própria cabeça os políticos eram uma espécie em extinção. Os cidadãos juntavam-se para resolverem os problemas comuns, não delegando em terceiros o que é seu.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Comfortably numb

Aqui fica um excerto do concerto "the wall", por altura da demolição do muro de Berlim. Mostra bem como vai o mundo nestes dias...
Adenda: Pois é, parece que a censura também por aqui passou, o título é "Comfortably numb" e o concerto é de 1990 (o desse ano é o vintage), fica um desafio aos mais persistentes, se alguém o achar diga qualquer coisa...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mas o vosso voto conta…

As políticas dos diferentes países ao nível global são grosso modo as mesmas, chegando ao extremo de casos como o português, onde o estado paga a uma empresa de consultoria para copiar as leis dos nuestros hermanos. Quanto às diferenças entre os partidos ditas do bloco central elas são mínimas, visam regra geral agradar às multinacionais, quer em subsídios, infra-estruturas, incentivos fiscais, ou código do trabalho flexível. Quanto à oposição de esquerda, penso que a própria tem consciência, que se governasse, o investimento quer estrangeiro quer nacional, procuraria outros países onde possam explorar mais a mão-de-obra, levando o país a uma situação pior do que se fosse o bloco central a governar. A mão-de-obra é desta forma explorada numa lógica de quem pede menos, onde a oferta supera a procura, havendo por isso sempre quem se ofereça para trabalhar em piores condições.

A verdade é que quem nos governa são as leis das multinacionais, ou quem as detém, os seus accionistas. Eles é que fazem e desfazem com um único objectivo, o lucro. Aos chefes de estado só cabe uma função, a de lhes agradarem. A verdade é que tudo o que fazemos é pelo lucro.

É por essas e por outras que eu não vou votar nestas eleições, pois o único voto válido contra este estado de coisas é o da abstenção. Nem lá apareço, para que não restem dúvidas, se é que isso é possível, de que não fui votar.

1º de Maio

Igualdade e direito ao acesso a emprego, ainda são uma miragem…
Quanto à igualdade no acesso ao trabalho, toda a gente sabe que tem que conhecer alguém se quiser um emprego e quanto ao direito ao emprego, os patrões aproveitam-se do desemprego, para obrigarem os empregados a lutarem pelo posto de trabalho. Conheço um caso em que uma multinacional despede 1/3 da sua força de trabalho todos os anos, desta forma há uma eliminação natural dos mais fracos.
O que interessa é que os trabalhadores dêem o máximo rendimento, chegando ao ponto de existirem anúncios de emprego, onde é mencionado “work load 100%”.

sexta-feira, 15 de maio de 2009